ESTE BLOG FOI CRIADO PARA A DISCIPLINA METODOLOGIA DO ENSINO DA HISTÓRIA II - MINISTRADA PELO PROFESSOR DOUTOR RICARDO PACHECO

INÍCIO



Criado no GeradordeNicks.net

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO (2ª V.A.)

RELATÓRIO DE APLICAÇÃO DO PLANO DE AULA

APRESENTAÇÃO

            Este relatório tem como finalidade expor o resultado de uma aula aplicada a uma turma de quinto ano da Escola Municipal Anita Paes Barreto, localizada em Recife-PE, a partir da elaboração de um plano de aula que tem como tema: Escravidão: do passado ao presente, conforme requisito de aprovação na disciplina Metodologia do Ensino da História II. Ministrada pelo professor Ricardo Pacheco na UFRPE.
Este plano tem como proposta levar os alunos a refletirem sobre a escravidão ao longo dos tempos, e qual a importância desse tema na atualidade. Para isso leva o aluno a refletir sobre a importância econômica no processo de escravização dos negros no passado e da humanidade no presente.
A metodologia utilizada foi a de leitura de imagens, e a partir desta, os alunos foram conduzidos a compreensão do processo de escravização e suas conseqüências na contemporaneidade.

MÉTODOS E TÉCNICAS

            O processo metodológico da aula foi dividido em quatro momentos:
A aula foi iniciada – primeiro momento – através de uma conversa informal com alunos e através desta foi identificado os conhecimentos prévios dos alunos acerca do tema abordado. Em seguida foi distribuído um texto que trata da escravidão no passado e presente, para que os alunos realizassem uma leitura individual, com o auxilio do dicionário. Após a leitura foi realizado um debate sobre o entendimento do texto.
No segundo momento a turma foi divida em dois grupos de seis alunos cada – pois a turma é composta por quatorze alunos, mas apenas doze estavam presentes. Forma distribuídas imagens que retratam a escravidão no Brasil colônia e império e imagens que retratam algum tipo de escravidão na atualidade, para que alunos analisassem e fizessem a relação das imagens com o texto lido. Estas relações sem do registradas através de anotações. A partir das anotações foi realizado o debate geral em que cada grupo apresentou suas considerações e entendimentos. Logo após a apresentação de cada grupo foi realizado a inserção de conceitos da escravidão no período colonial e imperial exemplificando o que foram estes períodos para a história do Brasil e como estão tais conceitos no Brasil atual.
O terceiro momento foi utilizado para elaboração de uma linha do tempo, dispondo as imagens de escravização analisadas anteriormente em ordem cronológica.
O quarto momento, a culminância, etapa em que os alunos puderam explicitar todo o conteúdo que aprenderam nesta aula. Através de exposição oral explicaram o cartaz montado e como foi fundamentada a escolha e organização do cartaz.

RESULTADOS

Os resultados obtidos ao fim da aula foram de intensa participação, envolvimento nas atividades propostas, elaboração satisfatória do cartaz – culminância da aula e compreensão do conteúdo abordado.
No inicio da aula os alunos estavam bastante apreensivos e tímidos, não querendo participar nem expor suas opiniões, apesar de conhecerem a professora que estava ministrando a aula – Amanda Anacleto. Contudo no decorrer da primeira hora os doze alunos começaram a se integrar e relembrar o conteúdo também estudado outrora com a regente permanente da sala. Então a participação foi efetiva e completa nas atividades propostas e a compreensão realizada foi concreta, visto que, todos expuseram seus entendimentos nos momentos de oralidade da aula e participaram das atividades de escrita e produção artística foi de cem por cento.

DISCUSSÃO

A aplicação do plano de aula foi bem sucedida, pois foram alcançados os objetivos propostos. Apesar de haver entraves no inicio da aula, devido à timidez de alguns alunos o desenvolvimento do planejamento não foi comprometido, pois houve uma condução coerente do conteúdo e respeito às etapas predelimitadas do plano de aula. Os alunos estiveram envolvidos a partir da primeira hora de aula e se mantiveram assim até o final, havendo uma continuidade do conteúdo durante sua aplicação.
Em resumo a aula foi satisfatória, tanto para a professora que ministrou a aula como para os alunos que estiveram bastante animados com o decorrer e finalização da aula, executando com êxito as atividades delimitadas e propostas ao longo do processo.

ALUNA: AMANDA ANACLETO

PLANO DE AULA REFEITO DA 1ª V.A.

PLANO DE AULA
Tema: Escravidão: do passado ao presente
Público alvo: 5º ano
Conteúdo: Brasil império, colônia e Atual
Bloco de conteúdo: Escravatura
Interdisciplinaridade: História, Português e Artes.
Tempo estimado: uma aula (4 h)

INTRODUÇÃO
Promover a reflexão sobre a utilização da mão-de-obra escrava no Brasil favorece o estabelecimento de relações entre passado e presente e possibilita debater sobre a condição da população negra na atualidade.

OBJETIVOS
v Conhecer o significado do conceito de escravidão durante os períodos colonial e imperial.
v Estabelecer relações entre a escravidão no passado e no presente, analisando semelhanças e diferenças através da leitura de imagens.
v Identificar a relação existente entre o trabalho escravo do passado e o trabalho escravo do presente.
v Confeccionar uma linha do tempo montada com imagens que retratem a história do trabalho escravo ao longo dos anos.
v Estimular a oralidade e escrita a partir das produções em aula.
v Trabalhar a leitura e interpretação de imagens.

MATERIAL NECESSÁRIO
            Imagens de trabalho escravo nos períodos colonial e imperial e na atualidade; cartolina; cola e tesoura e o texto a ser lido em sala.

METODOLOGIA
1º momento
            A aula terá inicio através de uma conversa informal acerca do que os alunos compreendem sobre a escravidão (10’’ a 20’’); em seguida será lido individualmente o texto: "Escravidão ontem e hoje: o trabalho compulsório ainda existe no Brasil", com o auxilio do dicionário. (40’’). Após a leitura será realizado um debate sobre o entendimento do texto, onde a professora irá definir o conceito de escravidão no passado (Brasil colônia e império) e presente (atualidade). (20’’).
2º momento
            A turma será divida em dois grupos e serão distribuídas imagens que retratam a escravidão no Brasil colônia e império e imagens que retratam algum tipo de escravidão na atualidade, para que os alunos façam a relação das imagens com a leitura do texto.  Será solicitado que os alunos façam anotações acerca da relação que estão estabelecendo das figuras com o texto. (30’’)
            Em seguida será realizada a apresentação da síntese feita por cada grupo. (30’’).
Neste momento será introduzida pela professora informações sobre a questão econômica e sua relação com a escravidão. (20’’)
3º momento
            Ainda divididos em dois grupos (os mesmos da atividade anterior) os alunos montarão uma linha do tempo com as figuras que já possuem, estabelecendo a relação do trabalho escravo com o tempo em que o mesmo ocorreu. Nesta atividade os alunos não precisarão datar os fatos, apenas relacionar as imagens em ordem cronológica, montado um cartaz.  (40’’).

CULMINÂNCIA
            Os alunos apresentarão suas linhas do tempo explicando a ordem escolhida para disposição das imagens e sua relação com a escravidão e o tempo ocorrido. (40’’)

AVALIAÇÃO
            A avaliação será realizada de acordo com o envolvimento e participação das crianças durante as atividades realizadas, levando em consideração as produções orais e escritas.

ANEXOS

TEXTO: “Trabalho compulsório ainda existe no Brasil” de Antonio Carlos Olivieri


A origem da escravidão ou do trabalho compulsório se perde nos tempos, aproximando-se das origens da própria civilização humana. Segundo o antropólogo Gordon Childe, em um determinado momento da pré-história, os homens perceberam que os prisioneiros de guerra - normalmente sacrificados em cultos religiosos - poderiam ser usados para o trabalho ou "domesticados" como os animais.
Nas civilizações da Antigüidade - Egito, Babilônia, GréciaRoma... - a escravidão era uma prática constante.
Somente na Idade Média, com a reestruturação da sociedade européia de acordo com a ordemfeudal, a escravidão foi substituída pela servidão, uma forma mais branda, por assim dizer, do trabalho compulsório.
Grandes navegações
Em termos mundiais, a escravidão ressurgiu com o mercantilismo ou capitalismo comercial, concomitantemente à época das grandes navegações.
O uso da mão-de-obra escrava - em especial do negro africano - desenvolveu-se nas colônias de além mar de países como EspanhaPortugalHolanda,França e Inglaterra.
Colonos endividados
Os imigrantes europeus e orientais que para cá vieram no fim do século 19 substituir a mão de obra escrava, recebiam um tratamento que se poderia considerar semelhante à escravidão. 
Na década de 1890, por exemplo, denunciavam-se em embaixadas estrangeiras as condições de vida a que eram submetidos os imigrantes europeus. Eram obrigados a comprar dos fazendeiros para quem trabalhavam as roupas que usavam, as ferramentas para o trabalho, sua própria alimentação, de modo que ao fim do mês em vez de um salário, recebiam uma lista de dívidas que haviam contraído, o que os obrigava a continuar trabalhando para os mesmos patrões.
Pior: a situação descrita no parágrafo anterior continua a existir no exato momento em que estas linhas são escritas e que você lê esse texto. Desde de a década de 1970 existem denúncias de que o trabalho escravo - apesar de constituir um crime - continua praticado no Brasil. O método empregado é o mesmo que se usava com os imigrantes, ou seja, forçar o trabalhador a endividar-se, de modo que ele seja forçado a trabalhar para pagar sua dívida. Para evitar fugas, capangas armados são espalhados nas fazendas, atuando como "neofeitores" ou capitães do mato.
Salvador e São Paulo
Em 2002, o Ministério do Trabalho libertou 2.306 trabalhadores escravos nas áreas rurais do país. Em 2004, foram libertados 4.932. Em geral, os Estados onde o uso do trabalho análogo à escravidão é mais freqüente são Tocantins,ParáRondôniaMaranhãoMato Grosso e Bahia
Neste último Estado, em fevereiro de 2004, a polícia libertou 40 trabalhadores em regime compulsório na cidade de Catu, a 80 quilômetros da capital, Salvador.
Mas ninguém pense que a escravidão no Brasil de hoje se restringe às regiões rurais. Em 21 de agosto de 2004 o Ministério do Trabalho pegou em flagrante o uso de trabalho escravo numa confecção do Bom Retiro, um bairro na região central da capital paulista. Tratava-se de imigrantes ilegais - paraguaios, bolivianos e peruanos - submetidos a uma jornada de mais de 16 horas de trabalho, em condições degradantes e monitorados pelos donos da empresa por circuitos fechados de TV.
12,3 milhões de escravos no mundo
Também não se pense que o trabalho escravo ou semi-escravo continua a existir exclusivamente no Brasil. A prática se mantém em diversos países da África e da Ásia (especialmente na China), mas é de se supor que o trabalho em condições precárias e de grande exploração esteja presente em todos os países ricos onde é grande o fluxo de imigrantes, como os Estados Unidos e a União Européia.
Um estudo publicado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Organização das Nações Unidas, em maio de 2005, indica que existem cerca de 12,3 milhões de escravos no mundo todo, dos quais entre 40% e 50% são crianças.
Evidentemente, a escravidão ou o trabalho em condições semelhantes a ela é hoje um crime grave e aqueles que os praticam estão submetidos a penas legais, pagando multas, perdendo seus empreendimentos e, eventualmente, indo parar na prisão. Ainda assim, não deixa de ser assustador o fato de um fenômeno tenebroso como a escravidão atingir o século 21, acompanhando os quase 12 mil anos de existência do homo sapiens no planeta Terra.

IMAGENS
Brasil colonial e imperial








Brasil atual








domingo, 2 de outubro de 2011

ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO

USANDO ARTE-EDUCAÇÃO NO COTIDIANO DA SALA DE AULA

TITULO: A linguagem cinematográfica
PÚBLICO-ALVO: Alunos do 5º ano
TEMPO ESTIMADO: Três aulas
INTERDISCIPLINARIDADE: História, artes, ciências, português, matemática e geografia

INTRODUÇÃO
Ao assistir um filme, em nosso cotidiano, não nos preocupamos – adultos ou crianças – com os aspectos da leitura de um filme. Ou seja, interpretamos apenas o que nos mostra a história dos personagens que compõem o filme. Este plano preparado para duas aulas propõe esta leitura da composição do filme, buscando compreender sua linguagem cinematográfica. Tendo como objetivo central o desenvolvimento da visão mais aprofundada e crítica do aluno frente a sua realidade.
Os filmes contam histórias e as crianças já convivem com esta realidade da contação de histórias, porém o direcionamento pedagógico possibilita a instrumentalização do ouvir histórias e/ou assistir um filme numa visão mais analítica.
As informações recebidas pelos alunos são muitas e desordenadas todos os dias. Cabe ao professor utilizar as mídias: internet, rádio, cinema, entre outras, para educar e organizar as aulas para que os alunos possam processar adequadamente tais mídias.

OBJETIVOS
Após assistir o filme e durante o desenvolvimento da aula é esperado que os alunos:

  • Reconheçam as propriedades que expressam e constroem um filme
  • Identifiquem os significados comunicativos da linguagem cinematográfica
  • Compreensão da importância dos cenários para entendimentos das ações contidas no filme
  • Reconheçam as cores quentes e frias
  • Identifiquem os tipos de moradias
  • Reconheçam os fenômenos da natureza
  • Realizar a leitura das imagens.

METODOLOGIA
         O desenvolvimento desta proposta dar-se-á pela exposição do tema proposto, com o apoio de alguns recursos didático-pedagógicos – data show. Ter-se-á como ponto de partida a problematização do tema proposto a ser desenvolvido a partir da exposição do filme: “Turma da Mônica – O vampiro” de Mauricio de Sousa. A partir do momento em que o filme for finalizado será levantada a problemática: o que o filme quis dizer? E então consecutivamente ao debate serão introduzidas definições de cinema, de organização de cores e cenários. O que tudo isso influencia na produção final da história. Será feito uso da interdisciplinaridade com enfoque na arte e na história, em especial, dando enfoque na importância do cinema, além de ser trabalhada a questão dos fenômenos da natureza presentes no filme. Será trabalhado o imaginário – real e fantasia, partindo da questão vampiros existem?  Os tipos de moradias também serão trabalhados, tudo isto explorando a oralidade das crianças.



RECURSOS DIDÁTICOS
Data show para passar o filme: Turma da Mônica – O VAMPIRO http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=UnGIhN-6t6M&noredirect=1cartolina; hidrocor; recortes de moradias.
ORGANIZAÇÃO DA SALA DE AULA
Cadeiras dispostas como em um cinema, posteriormente será utilizada sistema de grupos.
ESTRATEGIAS:
1ª aula:
Nesta aula será apresentado o filme. Os alunos assistiram e posteriormente serão trabalhados: o cinema, as cores utilizadas nas cenas e a composição dos cenários. O que tudo isto influencia na compreensão dos telespectadores. Para isto serão analisadas cenas do próprio filme. Para contextualizar com o cotidiano será exemplificado com cenas de novelas atuais.
Atividade de casa:
Ao fim desta aula será solicitado que as crianças façam, em casa, um desenho sobre o que foi compreendido do filme, utilizando os conceitos de cores e cenários.
2ª aula:
            Nesta aula serão trabalhados os tipos de moradia encontrados no filme, partindo da realidade dos próprios alunos: onde vocês moram? E a relação que os tipos de moradias têm com a situação econômica de cada um. E assim será, através de analise de imagens, feita a discussão. Será construído um gráfico, em cartolina, da relação das moradias com a situação econômica dos alunos, para que eles possam constatar que suas moradias e situações econômicas podem ser encaradas de diferentes pontos de vista. Prosseguindo os alunos serão questionados acerca dos fenômenos naturais encontrados no filme: frio, trovão e os demais que não estão presentes no filme e quais estão presentes em nossas vidas, trabalhando assim as estações do ano.
Atividade de casa:
            Será passada a leitura do poema “A CASA DOS ANIMAIS” das autoras: Lisandra H. Felipe, Luana M. da Rosa e Mayara G. Marques. O aluno deverá fazer sua interpretação e trazer na aula seguinte, através da produção de um texto.
3ª aula:
            Nesta aula serão trabalhadas as cores e suas definições: primária, secundária, etc. se são quentes ou frias e suas determinações na composição cinematográfica. Qual a importância do cinema para o cenário nacional: econômico e popular. Para tanto serão apresentados relações de filmes, onde dispostos em grupos de quatro pessoas, os alunos analisarão seus custos e benefícios tanto para a economia quanto para a diversão.
CULMINÂNCIA
            Discussão e apresentação de todas as atividades propostas para casa.
AVALIAÇÃO
            O papel do professor na construção do conhecimento consiste em facilitar o intercâmbio das informações entre as crianças. Todo tipo de atividade ou atitude desenvolvida pelos educandos merece ser levado em consideração, e todos os esforços que eles mostram com suas produções devem ser respeitados. Como avaliação é continua e diagnóstica, com a intenção primordial de rever a própria prática docente criando novas possibilidades para estimular os alunos a desenvolverem suas potencialidades levando em conta, principalmente, os avanços individuais dentro da coletividade e a participação no desenvolvimento de todas as atividades.

ANEXOS
POEMA: “A CASA DOS ANIMAIS” autoras: Lisandra H. Felipe, Luana M. da Rosa e Mayara G. Marques.

A casa dos animais
é muito elegante.
Quem mora nela
é o elefante.

E o gigante
mora junto
com o elefante
eles fazem tudo em conjunto.

Os dois são muito
obediente e inteligentes
e adoram cuidar
do meio ambiente.

A amiga deles
é uma abelha
ela mora numa casa
sem telha.

Essa casa 
é de Caco
Quem mora nela
é o macaco.

Os quatro são
muito amigos
e jamais serão
inimigos.
IMAGENS






quinta-feira, 22 de setembro de 2011

USANDO O VÍDEO EM SALA DE AULA

PROPOSTAS DE USO DO VÍDEO
Proponho, a seguir, um roteiro simplificado e esquemático com algumas formas de trabalhar com o vídeo na sala de aula. Como roteiro não há uma ordem rigorosa e pressupõe total liberdade de adaptação destas propostas à realidade de cada professor e dos seus alunos.

USOS INADEQUADOS EM AULA
Vídeo-tapa buraco: colocar vídeo quando há um problema inesperado, como ausência do professor. Usar este expediente eventualmente pode ser útil, mas se for feito com freqüência, desvaloriza o uso do vídeo e o associa -na cabeça do aluno- a não ter aula.
Vídeo-enrolação: exibir um vídeo sem muita ligação com a matéria. O aluno percebe que o vídeo é usado como forma de camuflar a aula. Pode concordar na hora, mas discorda do seu mau uso.
Vídeo-deslumbramento: O professor que acaba de descobrir o uso do vídeo costuma empolgar-se e passa vídeo em todas as aulas, esquecendo outras dinâmicas mais pertinentes. O uso exagerado do vídeo diminui a sua eficácia e empobrece as aulas.
Vídeo-perfeição: Existem professores que questionam todos os vídeos possíveis porque possuem defeitos de informação ou estéticos. Os vídeos que apresentam conceitos problemáticos podem ser usados para descobri-los,junto com os alunos, e questioná-los.
Só vídeo: não é satisfatório didaticamente exibir o vídeo sem discuti-lo, sem integrá-lo com o assunto de aula, sem voltar e mostrar alguns momentos mais importantes.


PROPOSTAS DE UTILIZAÇÃO

Vídeo como SENSIBILIZAÇÃO
É, do meu ponto de vista, ouso mais importante na escola. Um bom vídeo é interessantíssimo para introduzir um novo assunto, para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto do vídeo e da matéria.
Vídeo como ILUSTRAÇÃO
O vídeo muitas vezes ajuda a mostrar o que se fala em aula, a compor cenários desconhecidos dos alunos. Por exemplo, um vídeo que exemplifica como eram os romanos na época de Julio César ou Nero, mesmo que não seja totalmente fiel, ajuda a situar os alunos no tempo histórico. Um vídeo traz para a sala de aula realidades distantes dos alunos, como por exemplo a Amazônia ou a África. A vida se aproxima da escola através do vídeo.
Vídeo como SIMULAÇÃO
É uma ilustração mais sofisticada. O vídeo pode simular experiências de química que seriam perigosas em laboratório ou que exigiriam muito tempo e recursos. Um vídeo pode mostrar o crescimento acelerado de uma planta, de uma árvore -da semente até a maturidade- em poucos segundos
Vídeo como CONTEÚDO DE ENSINO
Vídeo que mostra determinado assunto, de forma direta ou indireta. De forma direta, quando informa sobre um tema específico orientando a sua interpretação. De forma indireta, quando mostra um tema, permitindo abordagens múltiplas, interdisciplinares.
Vídeo como PRODUÇÃO
- Como documentação, registro de eventos, de aulas, de estudos do meio, de experiências, de entrevistas, depoimentos. Isto facilita o trabalho do professor, dos alunos e dos futuros alunos. O professor deve poder documentar o que é mais importante para o seu trabalho, ter o seu próprio material de vídeo assim como tem os seus livros e apostilas para preparar as suas aulas. O professor estará atento para gravar o material audiovisual mais utilizado, para não depender sempre do empréstimo ou aluguel dos mesmos programas.

- Como intervenção: interferir, modificar um determinado programa, um material audiovisual, acrescentanto uma nova trilha sonora ou editando o material de forma compacta ou introduzindo novas cenas com novos significados. O professor precisa perder o medo, o respeito ao vídeo assim como ele interfere num texto escrito, modificando-o, acrescentando novos dados, novas interpretações, contextos mais próximos do aluno.

- Vídeo como expressão, como nova forma de comunicação, adaptada à sensibilidade principalmente das crianças e dos jovens. As crianças adoram fazer vídeo e a escola precisa incentivar o máximo possível a produção de pesquisas em vídeo pelos alunos. A produção em vídeo tem uma dimensão moderna, lúdica. Moderna, como um meio contemporâneo, novo e que integra linguagens. Lúdica, pela miniaturização da câmera, que permite brincar com a realidade, levá-la junto para qualquer lugar. Filmar é uma das experiências mais envolventes tanto para as crianças como para os adultos. Os alunos podem ser incentivados a produzir dentro de uma determinada matéria, ou dentro de um trabalho interdisciplinar. E também produzir programas informativos, feitos por eles mesmos e colocá-los em lugares visíveis dentro da escola e em horários onde muitas crianças possam assisti-los.

Vídeo como AVALIAÇÃO
Dos alunos, do professor, do processo.


COMO VER O VÍDEO
Antes da exibição
. Informar somente aspectos gerais do vídeo (autor, duração, prêmios...). Não interpretar antes da exibição, não pré-julgar (para que cada um possa fazer a sua leitura).
. Checar o vídeo antes. Conhecê-lo. Ver a qualidade da cópia. 
Deixá-lo no ponto antes da exibição. Zerar a numeração (apertar a tecla resset). Apertar também a tecla "memory" para voltar ao ponto desejado. 
.Checar o som (volume), o canal de exibição (3 ou 4), o tracking (a regulagem de gravação), o sistema (NTSC ou PAL-M).

Durante a exibição
. Anotar as cenas mais importantes.
. Se for necessário (para regulagem ou fazer um rápido comentário) 
apertar o pause ou still, sem demorar muito nele, porque danifica a fita.
. Observar as reações do grupo.

Depois da exibição
. Voltar a fita ao começo (resset/memory)
. Rever as cenas mais importantes ou difíceis. Se o vídeo é complexo, exibi-lo uma segunda vez, chamando a atenção para determinadas cenas, para a trilha musical, diálogos, situações.
. Passar quadro a quadro as imagens mais significativas.
. Observar o som, a música, os efeitos, as frases mais importantes.
Proponho alguns caminhos -entre muitos possíveis- para a análise do vídeo em classe.


DINÂMICAS DE ANÁLISE
Análise em conjunto
O professor exibe as cenas mais importantes e as comenta junto com os alunos, a partir do que estes destacam ou perguntam. É uma conversa sobre o vídeo, com o professor como moderador.
O professor não deve se o primeiro a dar a sua opinião, principalmente em matérias controvertidas, nem monopolizar a discussão, mas tampouco deve ficar encima do muro. Deve posicionar-se, depois dos alunos, trabalhando sempre dois planos: o ideal e o real; o que deveria ser (modelo ideal) e o que costuma ser (modelo real).
Análise globalizante
Fazer, depois da exibição, estas quatro perguntas:
- Aspectos positivos do vídeo
- Aspectos negativos
- Idéias principais que passa
- O que vocês mudariam neste vídeo
Se houver tempo, essas perguntas serão respondidas primeiro em grupos menores e depois relatadas/escritas no plenário. O professor e os alunos destacam as coincidências e divergências. O professor faz a síntese final, devolvendo ao grupo as leituras predominantes (onde se expressam valores, que mostram como o grupo é).

Análise Concentrada
Escolher, depois da exibição, uma ou das cenas marcantes. Revê-las uma ou mais vezes. Perguntar (oralmente o por escrito):
- O que chama mais a atenção (imagem/som/palavra)
- O que dizem as cenas (significados)
- Conseqüências, aplicações (para a nossa vida, para o grupo).

Análise "funcional"
Antes da exibição, escolher algumas funções ou tarefas (desenvolvidas por vários alunos): 
- o contador de cenas (descrição sumária, por um ou mais alunos)
- anotar as palavras-chave
- anotar as imagens mais significativas
- caracterização dos personagens
- música e efeitos
- mudanças acontecidas no vídeo (do começo até o final).

Depois da exibição, cada aluno fala e o resultado é colocado no quadro negro ou flanelógrafo. A partir do quadro, o professor completa com os alunos as informações, relaciona os dados, questiona as soluções apresentadas.

ANÁLISE DA LINGUAGEM
- Que história é contada (reconstrução da história)
- Como é contada essa história 
. o que lhe chamou a atenção visualmente
. o que destacaria nos diálogos e na música
- Que idéias passa claramente o programa (o que diz claramente esta história)
. O que contam e representam os personagens
. Modelo de sociedade apresentado
- Ideologia do programa
. Mensagens não questionadas (pressupostos ou hipóteses aceitos 
de antemão, sem discussão).
. Valores afirmados e negados pelo programa (como são apresentados a justiça, o trabalho, o amor, o mundo)
. Como cada participante julga esses valores (concordâncias e discordâncias nos sistemas de valores envolvidos). A partir de onde cada um de nós julga a história.



COMPLETAR O VÍDEO

. Exibe-se um vídeo até um determinado ponto.
. Os alunos desenvolvem, em grupos, um final próprio e justificam o porquê da escolha.
. Exibe-se o final do vídeo
. Comparam-se os finais propostos e o professor manifesta também a sua opinião.


SE QUISER SABER MAIS BASTA ACESSAR: http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm#dinâmicas



terça-feira, 30 de agosto de 2011

PLANO DE AULA - DIA 29 DE AGOSTO DE 2011


História das brincadeiras indígenas

Objetivos 

- Reconhecer a diversidade de grupos indígenas da América Latina. 
- Conhecer os tipos de brincadeira indígena. 
- Comparar o próprio modo de vida com o de crianças indígenas. 

Conteúdos 
- Povos da América Latina.
- Diversidade cultural. 

Anos 
2º ao 4º.

Tempo estimado 
Três aulas.

Material necessário 
Folhas de jornal ou de papel crepom colorido, barbante ou elástico.


Desenvolvimento 
1ª etapa 
Comece o trabalho explicando que o propósito é conhecer como brincam diferentes grupos de crianças na América Latina. De início, mostre imagens de brincadeiras em países dessa região, debatendo as semelhanças entre elas. Nesse ponto, é importante enfatizar dois aspectos. Primeiro: apesar de as comunidades indígenas serem muito diferentes, na maioria delas predominam as brincadeiras junto à natureza, principalmente nos rios. Segundo: os brinquedos são feitos de materiais retirados da floresta. Comente ainda que, em boa parte das atividades, os pequenos brincam em grupos e sem competir, aprendendo diversas práticas do cotidiano. Finalize essa etapa pedindo aos alunos que discutam sobre as diferenças e semelhanças em relação às próprias brincadeiras. 

2ª etapa 
Pergunte se conhecem uma peteca e se sabem usá-la. Proponha, então, que façam uma em sala. Comece amassando uma folha de jornal, formando uma bola achatada. Coloque-a no centro de outra folha, deixando as pontas soltas. Torça a folha na altura da bola e amarre com um barbante ou elástico. Se quiser, pinte com tinta guache. Com o brinquedo pronto, combine com o professor de Educação Física um jogo com a turma. De volta à classe, mostre que a palavra "peteca" vem de péte ka, de origem tupi, nome de um brinquedo feito pelos indígenas com palha seca de milho. É essencial explicar que o tupi era a língua falada em todo o litoral do Brasil até o século 18 e que inúmeras palavras dela foram incorporadas ao português. Por último, conte que, em Minas Gerais, o jogo de peteca é um esporte reconhecido e muito praticado, destacando a influência indígena na nossa cultura.

Avaliação 
Proponha que os alunos produzam um texto curto que identifique a influência indígena na nossa cultura, com base em uma das brincadeiras que eles conheceram. O texto pode ser incrementado por meio da comparação com algum jogo que eles veem como semelhante aos dos indígenas. Avalie se a turma incorporou a compreensão de que esses povos não são homogêneos, mas diferentes em termos de cultura, língua e práticas sociais.